E mais uma vez, chegando mais perto dos 30, venho falar de
coisas que a gente vai descobrindo com o passar dos anos. Desta vez serei
direta, vamos logo aos tópicos:
· - Não guardo mais raiva, rancor e derivados.
É claro que tem essa ou aquela pessoa que a
gente não faz questão da existência. Mas ficar lembrando e remoendo as merdas
que rolaram? Não, isso não faz mais parte de mim. O indivíduo pode ter sido um
puta cabaço, mas nem ligo. Não esqueço no sentido literal da palavra, porque
não sofro de amnésia, mas tampouco fico recordando. Com certeza se você tem um
motivo para eu te odiar, mas quando te vejo, te comprimento com um sorriso
acompanhado de uma palavra gentil, pode ter certeza, não é política da boa
vizinha, é verdadeiro. De que vale perder tempo com coisas chatas que passaram?
Eu quero mais é coisa boa na minha vida. E sou super adepta das segundas,
terceiras e até várias outras chances, se sentir que no fundo vale a pena.
· -Ser adulto não é bem como a gente pensava.
Vamos combinar que, devido à influência da
televisão, mídia em geral e tals, quando crianças, imaginamos que a fase adulta
seria basicamente assim: vou fazer o que eu quiser, na hora que eu quiser. Ou:
vou usar um terno e andar com uma pasta. Ou ainda: vou adorar assistir aos
telejornais, ler revistas sobre finanças e assuntos relacionados. Sei lá, quando
criança a gente brisa muito mesmo.
E como é? Bom, é claro que hoje me
interesso por assuntos mais “sérios”, mas continuo gostando de assistir aos meus
desenhos animados, ler mangás, livros de literatura fantástica. Sou doida por
camisetas de personagens e All Star. Sim, uso salto, mas acompanhado de saia
xadrez e um suéter do Darth Vader. E é claro que, em teoria, posso fazer o que
quiser, na hora em que quiser. Mas na prática, quem agora nos coloca limites
são os empregos, boletos, saúde e outros “pais” do dia-a-dia (preferia quando
eram meus pais mesmo quem me controlavam... porque nunca me proibiram de nada
xD).
· -Menos é mais.
Antigamente, quanto maior a galera, mais
divertido o rolê. Hoje, quanto menos gente, melhor. A gente prioriza qualidade,
não quantidade. É muito mais prazeroso jantar com um ou dois amigos, conversar
sobre assuntos que temos em comum, experimentar uma bebida nova e desfrutar da
intimidade que somente amizades de longa data podem oferecer – a gente pode
falar desde o atual cenário econômico até o que é bom contra prisão de ventre,
por exemplo -.
· -Lar, doce lar.
Se antes a palavra da vez era sair para
todos os lugares possíveis, hoje é desfrutar do meu cantinho. E com “meu
cantinho” não quero dizer somente minha casa em si, mas sim as pessoas que nela
habitam, inclusive eu mesma.
Ah, como é divertido chegar em casa em uma sexta-feira
à noite, pedir uma pizza de frango com catupiry e comer um ou dois pedaços no
sofá, sentada entre meus pais , assistindo a alguma comédia boba na televisão,
intercalando com piadas que só a gente entende e com causos do dia de cada um.
E depois, poder ir para o meu quarto, assistir tranquilamente a um episódio do
seriado da vez, ou ler mais um capítulo daquele livro que estava parado. Tudo
isso, claro, sempre acompanhada pela Pelota, pois uma família sem um animal de
estimação não é uma família completa.
· -Dar importância ao que realmente importa.
E o que realmente importa? Paz. Carinho.
Empatia. Gratidão.
Estou aprendendo que há certas brigas que
não precisamos comprar. Nada vale mais do que nossa tranquilidade.
E algo que vale muito é ter carinho pelo
outro. Uma simples mensagem de bom dia, se vocês soubessem... quando vinda da
pessoa certa, pode salvar o dia de alguém. Assim como solidarizar-se pelo
outro. Mesmo que não possamos fazer nada na prática, entender, ouvir, dar uma
palavra de força já são grandes coisas. Aliás, não é nada, é tudo!
Por último, tão importante como os outros:
ser grato. Grato pelas coisas que temos, pelas pessoas ao nosso redor, pelo que
somos capazes de fazer. Se antes o foco era sempre o lado negativo, hoje sei
valorizar o que há de bom. Porquê, meus caros, acreditem neste clichê: há, sim
um lado bom em tudo.
Agora, em poucos dias, que venham os 28, e logo os 29 e os
30. E que com eles eu continue descobrindo como a vida é simples. Pra que
complicar? ;)
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