Sabe solidão? Aquele vazio misturado com tristeza que a
gente sente bem lá no fundo do peito? Aquela sensação ruim que causa angústia e
deixa a gente pra baixo, mesmo tendo pessoas que nos amam ao nosso redor? Pois
é, esta é uma das coisas mais difíceis de explicar... e igualmente difícil de
sentir.
Acho que assim como no coração cabe muita gente, ele também
escolhe uma pessoa para ocupar um lugar e um sentimento específicos nele. E por
mais que, assim como eu, você goste de ficar sozinho, ter seu espaço e sua
individualidade, o ser humano foi feito para viver em conjunto, em contato com
o outro. É a nossa natureza.
Assim, hoje posso dizer que estou, sim, sentindo-me
solitária. E não sei nem como resolver isso, porque tenho pessoas que eu amo
tanto ao meu redor, e que me amam de volta, que parece até “gula” sentir falta
de algo mais. E pior ainda é não saber do que/quem se trata este algo mais.
Ou é isso ou é mais uma recaída de depressão. Mas a
depressão, muitas vezes, não aparece quando estamos com alguma coisa nos
incomodando? Seja pressão no trabalho, seja um problema que parece não ter
solução ou um sentimento ruim que nos corrói? Então penso se as duas coisas não
estão ligadas.
E quando o coração sofre, a mente fica desgastada e o corpo
enfraquece. Os sentimentos negativos acabam transbordando para o corpo em forma
de mal estar, dores, doenças.
Então a gente levanta a cabeça, se cuida, trabalha, dorme,
come, limpa a casa, visita os amigos, assiste tevê, enfim, a gente vive. Vive e
sobrevive com aquele espaço vazio, que pode ser preenchido ou não. E a solidão,
juntamente com todos aqueles outros sentimentos que ela acarreta, fica lá,
presente, por vezes adormecida de um jeito que acabamos até deixando de lado por
um tempo. Mas, talvez por medo de ser totalmente esquecida, em algum momento
ela volta, trazendo consigo tudo aquilo que eu já escrevi antes. E o que a
gente pode fazer? Viver. É pra isso que estamos aqui... não é?
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