quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Calma, minha gente, é a marca do fogão!

Relaxa, minha gente. Relaxa!

Vamos parar de ver significado onde não tem. Vamos parar de falar da boca para fora. Apenas vamos parar.Vamos aprender a ficar quietos quando não temos certeza do que estamos falando.

Vamos parar de levar brincadeiras a sério. De achar que os outros são bobos. De achar qualquer coisa sobre qualquer coisa / pessoa que você mal conhece... porque provavelmente, meu jovem padawan, você está achando errado, afinal, como tirar conclusões sobre algo que não viu além do superficial? Vai achar bosta, sim! E na maioria das vezes, esta bosta foi você mesmo quem criou, erroneamente, simplesmente por não seguir o que diz no primeiro parágrafo: relaxa! Aliás, um exemplo bem tosco, porém perfeito para isso é aquele velho refrão que você, como eu, infelizmente deve se lembrar:

"Dako é bom
Dako é bom
Calma, minha gente, é a marca do fogão!'

Entendeu? Nem sabe do que se trata e já tá causando!

Sim, eu sou ansiosa, preocupada e mais mil outras coisas que parecem totalmente opostas ao que estou escrevendo agora... mas não, você está errado mais uma vez. Apesar disso tudo, tenho paciência, sei que não se conhece alguém em uma única conversa – quiçá uma vida inteira -, que não é possível saber de tudo, que não é porque uma coisa deu errado, entre tantas boas, que todo o conjunto não presta, que vale a pena, sim, tentar, conhecer, dar chances e oportunidades (a você e aos outros), que muitas vezes uma simples frase pode ser, sim, uma simples frase e só, sem entrelinhas.

Digo tudo isso desta maneira direta e sem preocupações com a estrutura do texto porque, é algo tão básico, que penso, vejo e vivo há tanto tempo, em diversas áreas da vida, que acredito que muita gente se identifique e esteja doida pra falar a mesma coisa.

Vamos ficar de boas, vamos aproveitar o que é legal, vamos ser sinceros... tudo isso é possível sem ligar o foda-se. É só uma questão de ver que nem tudo tem um lado ruim que supera o bom e que de tudo pode sair algo bom.

As palavras de ordem são: relaxa e vem cá cochilar, deixa o resto pra depois.

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Conselhos e cavalos brancos

O conselho que a gente mais ouve na vida, com o perdão do termo, é “liga o foda-se”. Ah, como eu gostaria de conseguir seguir este ensinamento à risca, mas só Deus sabe como é difícil.

Gente como eu se preocupa, gosta de tudo bem resolvido, quer garantir que todo mundo fique bem, quer soluções e justiça pra ontem. E tudo isso se intensifica quando junta-se à ansiedade.

A sensação de que podemos fazer mais - pelos outros, pelo mundo, por tudo - faz com que nos cobremos em escalas muito maiores do que pessoas normais. Este sentimento de ter que estar bem com o mundo todo, de pegar todos no colo e libertá-los desta vida cruel é constante. E igualmente desgastante.

Direcionar toda esta energia para nossos próprios problemas é uma empreitada praticamente impossível. Não sabemos prestar mais atenção em nossos próprios problemas – próprios meeesmooo, porque temos o péssimo hábito de achar que tudo é problema nosso, então temos que subir num cavalo branco e salvar o máximo de pessoas possível (e impossível), tornando a preocupação alheia a nossa própria.

E parando e pensando friamente, consigo enxergar isso. Mas na prática sinto que me preocupando mais comigo, sou uma pessoa egoísta, coisa que eu desprezo. Mas não é egoísmo, e no fundo, eu sei disso. Mas é tão no fundo mesmo, que acabo me esquecendo.

Então, qual seria a solução óbvia para toda esta gastura? Relaxar, não se preocupar, compreender de uma vez por todas que nem tudo se resolve na hora (na verdade, quase nada). Não preocupar-se em dar satisfações, em garantir que as pessoas nunca tenham uma imagem errada de você, que compreendam o que você realmente diz. Ora, se não me faço entender, será mesmo que a única culpada sou eu? Cada um tem seus princípios, pré-conceitos, uma mente mais aberta ou fechada... impossível que uma mesma mensagem seja interpretada da mesmíssima maneira por todos que a recebam.

Mas enfim, viajei, viajei, pra chegar a este ponto: meu desejo para este novo ano, de todo o coração, é que eu aprenda a relaxar. Aprenda a me doar mais pra mim e menos para outros que não precisam/merecem tanto da minha energia. Que eu tenha calma e serenidade para compreender que tudo tem seu tempo certo e que pouquíssimas coisas, na prática, dependem só da gente (afinal, estamos cercados por pessoas, regras, procedimentos, sentimentos). Que não é possível que eu dê o que não tenho de verdade nem para mim. E que eu não me preocupe tanto. Resumindo, quero aprender a usar o “foda-se”.


PS: sim, repeti a palavra problema várias vezes, sinônimos não cabem aqui.

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Um pai como o meu

Tenho visto coisas que têm me deixado triste. Muito triste.
A cada dia este mundo está ficando tão louco, que muitas vezes mal posso acreditar que isso é real.

Desde que li pela primeira vez sobre o projeto que dificulta o atendimento às mulheres vítimas de estupro, senti uma grande angústia. Fiquei assustada com tamanho desrespeito e pouco caso, como se as vítimas de nada valessem.

E então agora temos a campanha #meuamigosecreto. Li tantos relatos absurdos que chorei. Chorei por dentro, com uma dor tão profunda. Senti como se as mulheres ao meu redor estivessem sendo engolidas por um buraco e minha mão não as alcançasse, para que eu pudesse salvá-las. Não importa que eu não as conheça, não importa que eu nunca as verei... elas são seres humanos, são mulheres, são como eu e você. E elas sofrem.
Eu mal posso falar que fui vítima de machismo, se comparada a estas mulheres. Um chefe idiota, um namoradinho ciumento... o que são eles, perto de tantos demônios que estão soltos por aí?

Estamos todas desamparadas. Não temos direito ao nosso corpo, a nossa vontade, a nossa liberdade. Somos vistas como objetos, como seres inferiores que nada sabem e que a nada têm direito.

Sou abençoada. Meu exemplo em casa passa muito longe destas monstruosidades. Agradeço a Deus todos os dias pelo meu pai. E oro com muita fé para que todas as mulheres possam ter consigo um pai, namorado, marido, enfim... alguém como o meu pai.

Não sei explicar o tamanho da angústia que sinto, mas sei que é muito grande.
Queridas, gostaria de poder dar a mão a cada uma de vocês, dar colo e fazer tudo isso passar. Perdoem-me por não conseguir fazer isso, mas saibam que estou orando. Orando por você, por sua felicidade e por sua paz.

Seremos livres. Um dia.

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Pobres dos educados, que só vêem sofrência por onde vão

Ah, as diferenças! Os detalhes que tornam a vida interessante e a convivência com outras pessoas mais dinâmica e produtiva. Afinal, se todos pensássemos da mesma maneira, onde estaria a graça de um bom debate? E o que seria do aprendizado? E dificilmente haveria troca de experiências. Mas, como nada neste mundo é perfeito, depois de citar todos estes prós, vamos falar dos contras.
Este texto não é sobre as diversidades que você provavelmente está pensando. Deixe-me adivinhar: ao ler o primeiro parágrafo, já lhe veio à mente algo do tipo como uma discussão sobre ateus e cristãos, negros e brancos, homens e mulheres, liberais e conservadores, corintianos e palmeirenses, adoradores de gatos ou cachorros, amantes de chocolate branco ou preto. Não, meu jovem gafanhoto, o assunto aqui é algo muito mais sutil e que talvez, para alguns, seja até sem importância, mas que me deixa de cabelo em pé: educação versus a falta dela.
Minha Nossa Senhora Aparecida das Gentilezas com o Próximo, por que há tantas pessoas que simplesmente ignoram a cordialidade no planeta? Vamos para exemplos mais práticos, para que você possa entender o que estou tentando dizer:

1) Pedir licença

Sim, pedir licença, para mim e provavelmente para você, que lê meu humilde bloguezinho, seja uma coisa cotidiana e indispensável na vida. Mas para muita gente, acredite, não é. E muita gente ainda sente-se ofendida e/ou irritada se alguém o faz.
Quantas vezes estou em uma lata de sardinhas gigante – vulgo ônibus e seus semelhantes – e um indivíduo precisa passar? É comum você não perceber que a pessoa precisa passar, simplesmente porque você só tem dois olhos, ambos na frente da cabeça, com um monte de gente espremida tapando sua visão, então há muitos pontos cegos ao seu redor, certo? Errado! Para os mal educados, isto é errado! Eles passam te esmagando, empurrando e até derrubando sua bolsa ou você, e ainda reclamam que ninguém sai da frente. Por que não pediu licença? Eu me apertaria e faria malabarismos para abrir espaço, porque sei como é difícil movimentar-se em um ônibus lotado.
Agora, vamos ao outro lado: eu, pessoa que recebeu muita educação dos pais, vovôs e titia, quando estou na situação do "passante", o que faço: peço licença, espero a pessoa se mover para aí sim, ir até onde preciso, esforçando-me ao máximo para não esbarrar ou incomodar quem está no caminho. E muitos destes que estão no caminho me olham feio! Como que ofendidos porque pedi licença! Agora deixa algum grosso passar derrubando essas pessoas: nem ligam! Oi?

2) Bom dia e seus derivados

Como é de se esperar, quando entro em um lugar, seja ônibus, recepção de hospital, restaurante, whatever, o mínimo que posso 
fazer é cumprimentar quem lá está trabalhando. Ora, não é porque é o trabalho deles me atender, que vou ser grossa, não é? Um “bom dia” ou um “oi, tudo bem?”, acompanhado de um sorriso tem um grande efeito positivo em quem o recebe – e em quem oferece também, acredite-. E durante o diálogo que se segue, ainda tão importante quanto o início, é conversar com educação, calma e respeito àquele que está lá, sabendo ouvir, além de saber falar. Posso afirmar isso por experiência própria, pois atendi ao público por anos a fio. Hoje em dia, praticamente não faço mais isso, o que muito me alegra, porque só Deus sabe como eu sofri naquele longo período. Imagine a seguinte situação: estou lá eu, tranquila, fazendo meu trabalho e chega um cliente. Estúpido, falando alto, fazendo pouco de mim e do meu conhecimento, como se eu nada fosse. E sem nem falar oi, já entrando e chutando o pau da barraca. Isso acaba com o dia de qualquer um. É um ódio gratuito que existe dentro de algumas pessoas, que jamais vou compreender. Se você tem um ódio gratuito – ou não – aí guardado, trate de controla-lo antes de levantar da cama: ninguém é obrigado a ser saco de pancadas dos outros. Isso é injusto, feio e tem um efeito muito negativo em qualquer um.

3) Obrigado e afins

Imagine: sua caneta caiu e alguém gentilmente a pegou para você. “Obrigado!”, certo? Para você e para mim pode até ser óbvia a resposta, mas para muitos, não é bem assim. Quantas vezes fiz uma gentileza e a pessoa nem olhou na minha cara? Não ajudo os outros para ser reconhecida, mas porque se está ao meu alcance, por que não fazê-lo? Só que, ser humano cheio de defeitos que sou, espero sim – e talvez isso seja errado - o mínimo de educação do outro.
Acontece com frequência, quando estou em um restaurante, por exemplo, o garçom trás o meu prato e quando eu agradeço, o ser fica surpreso, sem ação. Por que isso acontece? Porque simplesmente a maioria dos clientes que o coitado atende mal percebe que ele existe e está pouco se lixando se ele está se esforçando para prestar um bom serviço.

Enfim, depois de tudo isso, concluo que:
Sim, sou uma pessoa intolerante. Intolerante com a falta de educação e de respeito. Não suporto a ideia de existir gente grossa. Fico possessa se sou educada e gentil e não recebo o mesmo tratamento de volta. Ou se vejo alguém sendo tratado de outra maneira que não seja com cordialidade. E sei que dizem que “não devemos esperar nada dos outros e mimimi”, mas eu espero, sou assim. E não acho que seja um defeito tão ruim, porque, afinal, eu poderia estar roubando, matando, mas não... estou aqui sendo educada e torcendo para que o sejam comigo e com os outros também. E não é nada demais, céus! Somos seres racionais e civilizados, não somos? Ou será que a grande maioria é só na teoria e manda a prática às favas?
Este tipo de diferença não me atrai, não é construtiva e eu não faço questão de compreender.

#prontofaleitoleve

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Bulas de remédio, camarões e o Tony Ramos

Aposto que assim como eu, muita gente tem manias ou gostos um tanto... peculiares. São coisas que a gente faz que podem parecer meio loucas para os outros, mas que para a gente, fazem muito sentido. Vou listar as minhas, vamos ver se alguém se identifica (ou estranha!):

- Ler bula de remédio: sim, adooorooo ler bulas de remédios. Seja uma pomada, um antibiótico ou um analgésico, tenho que ler tudo. Inclusive sobre os efeitos colaterais. Aliás, depois de um tempo lendo as mais diversas bulas, cheguei à conclusão de que os médicos deveriam fazer um exame mais minucioso antes de receitar algo aos pacientes. Por exemplo, uma vez um gastro me recomendou um remédio X, que eu não lembro mais. Comprei o dito cujo e, na hora do almoço, resolvi ler a bula, para passar o tempo. Não me recordo dos detalhes, mas aquele medicamento não deveria ser utilizado por pessoas que sofressem de depressão. Inclusive se estas pessoas ainda fizessem uso de antidepressivos, os efeitos eram ainda maiores. Não me perguntem quais eram os efeitos, porque a minha memória não é das melhores... mas lembro que o custo x benefício não era legal. Acho que isso nem é uma mania estranha, é um hábito que todo mundo deveria ter. Afinal, até que foi útil!

- Ler composição de cosméticos e produtos de higiene pessoal: uma variante do item anterior, hoje eu considero este item importante, já que vivo pintando o  cabelo, é bom saber o que tem nos shampoos e afins. Maaas eu faço isso desde criança, e naquela época eu nem queria saber disso. É que eu gosto muito de ler, e quando não tem livro, revista e nem jornalzinho de supermercado, vai isso mesmo. Leio desde shampoo e máscara a sabonete e enxaguante bucal.
PS: também leio as embalagens das comidas enquanto estou comendo, mas acho que muita gente também faz isso, né? Tipo cereal, batata palha, caixa de leite... Não?

Até aqui vocês devem estar pensando: “mas que exagero, não li nada demais”. Certo, então agora a jiripoca vai começar a piar.

- Eu gosto de comer camarão com sorvete de massa, no lugar do molho tártaro. E se não
tiver camarão, pode ser isca de peixe, mesmo. E há as variantes mais aceitáveis deste hábito, como tchutchar (desculpe, mas não existe palavra melhor para esta ação. Não vou escrever mergulhar, inserir, etc, pois não têm a mesma força) a batata no sorvete ou no recheio da tortinha do Mc Donald’s.

- Quando estou muito cansada, eu deito na cama de lado e fico com o braço levantado, esticado. É extremamente relaxante. Juro!

- Eu gostava de comer farelo de biscoito de polvilho salgado misturado com açúcar. Na infância eu fazia muito isso. De vez em quando bate uma fominha nostálgica e eu acabo comendo a iguaria.
PS: o meu irmão também fazia isso, então não me julguem tanto, eu sou apenas a caçula influenciada.

- Eu penduro minhas roupas no guarda-roupa por ordem de cor. O problema é que tenho duas blusas vermelhas que simplesmente não encaixam no meu arco-íris. Na teoria parece fácil, mas vai tentar ordenar suas peças assim, não é como misturar cores na escolinha (cujo violeta sempre virava um marrom estranho, naquela bagunça de guache).

- Eu leio três livros simultaneamente. Calma, não fico com todos na minha frente ao mesmo tempo, lendo como uma máquina (será que isso é possível? *-*). No mesmo período, eu vou lendo um, aí leio outro e outro, aí volto pro um e assim vai, até devorar todos eles.

- Isso não é hábito, mas muitos julgam estranho: eu adoro o Tony Ramos, o Fábio Junior e o Serginho do Roupa Nova. O Tony é a coisa mais fofa do mundo, já repararam nas mãos dele? Imagina como devem ser fofinhas! Deveria ser um ursinho carinhoso (sem piadas com os pelos do ator!). Os outros, acho que são charmosos e ponto.
PS: Meu sonho é ver um show do Roupa Nova e do Fábio Junior juntos.

Então acho que é só isso. Quando tive a ideia de escrever este post, eram muito mais itens, mas a minha memória é menor do que disquete, então só me ocorreram estes, no momento. Se eu lembrar de mais alguma coisa, faço um update aqui. ^^

E vocês, quais as coisas bobas/estranhas/nada com nada que vocês fazem/gostam?

terça-feira, 29 de setembro de 2015

A jovem velha de 27 anos

Este é um dos textos que eu havia deixado prontos há um tempos. Acho que escrevi no ano passado, mas continuo pensando da mesma maneira. Não tenho certeza, mas acho que postei na minha time line. Enfim, atualizei meia dúzia de palavras, mas acho que continua divertido. Espero que gostem! ^-^
PS: fiquei com preguiça de fazer ilustraçãozinha desta vez. #prontofaleitoleve

***

Agora que estou um pouco mais perto dos trinta do que dos vinte, percebi que a gente muda com o tempo, mesmo. Fiz até uma lista:
  • A gente começa a gostar de outros tipos de música.  Não deixei de gostar das minhas bandas de sempre, mas me tornei mais aberta a outros estilos, que eu jamais imaginaria curtir um dia. Exceto Nirvana, que foi minha banda preferida até uns 18 anos e, certa manhã, acordei e pensei “Blé! Que graça eu vi (ouvi) nisso?” e dei todos os meus CDs para o meu irmão, porque não aguentava (e não aguento) ouvir mais nem um acorde daquilo.
  • A gente começa a usar roupas diferentes. Antes era só All Star, a maioria das roupas era preta, essas coisas. Agora, vejo uma coisa diferente, e, independente da cor ou do estilo, se caiu bem, eu uso (exceto aquelas blusinhas de camelô com estampa dos Ramones, isso já é demais). Antigamente, quem abrisse meu guarda-roupa, provavelmente não enxergaria nada, porque era um breu só. Agora até separo as blusinhas por ordem de cor (continuo sistemática, isso não mudou). Hoje, (ou melhor, no dia em que escrevi isto) por exemplo, estou usando uma saia longa com estampa de palmeiras, uma blusinha verde água e uma rasteirinha combinando.  Alguém consegue me imaginar vestida desse jeito? Ah, e falando em palmeiras, aumentou a quantidade de itens do meu verdão. S2
  •  A gente come praticamente de tudo. Hoje eu gosto de salada e adoro abobrinha refogada. Deu fome, como o que tem. Até chuchu cozido eu estou comendo. Dificilmente acontece algo do tipo “Ai, que fome, vou ver o que tem pra comer. Credo, sopa, deixa quieto”, como acontecia antigamente. Mas não me venham com jiló, que tudo em limite. Apesar de que, na hora da fome...
  •  A gente diminui o círculo de amigos e seleciona mais OS amigos. Agora a qualidade supera a quantidade. Tenho poucos amicíssimos, mas estes valem por uma turma toda. O tipo de amizade muda. Você conta com estes amigos de hoje em momentos de lazer, claro, mas eles estão em todos os outros momentos realmente importantes da sua vida. A mudança para a nova casa, o aniversário do seu pai, os conselhos e broncas que você dá e recebe, o levar arrastado ao médico quando precisa e teima em não ir, a aprovação ou não do seu novo namorado (e vice-versa). A gente acaba se tornando parte da família um do outro e ficando íntimo a ponto de falar de assuntos como dor de barriga e anticoncepcionais (independente se é homem ou mulher). E a gente sai para jantar, só para botar o papo em dia, saber como o outro está, sem frescura ou ciúme vindo dos respectivos “parceiros”. E a gente gosta e se interessa, mesmo, pelo bem estar do outro e de sua família, que, no geral, a gente gosta muito também.
  • A gente fica mais desapegado e não sabe mais lidar com coisas como ciúme, fofocas, gente possessiva e assuntos relacionados.
  • A gente valoriza (e muito!) a nossa própria companhia. Eu amo ficar sozinha em casa. Bato papo comigo mesma, cuido de mim (faço hidratação, depilação, unha, sobrancelha) ou simplesmente fico deitada com a janela aberta, olhando o céu lá fora e torcendo para cair uma garoinha pra me molhar um pouco.
  •  A gente estranha quando percebe que tem gente mais ou menos da mesma idade na faculdade. Me formei há seis anos... parece uma eternidade!
  • A gente se preocupa mais com os outros e com o mundo. Vejo uma pessoa na rua precisando de um help, tento ajudar. Vejo lixo no chão, recolho. Se alguém não aparece no trabalho e não avisa, já fico preocupada e rezando para que nada de mal tenha lhe acontecido. Eu saio e apago as luzes, desligo os monitores, estou sempre com uma garrafinha de água, para não ficar desperdiçando copinhos. E a cada dia, me apaixono mais por animais. Resumindo, acho que a gente vai virando mulherzinha.
  • A gente se sente um jovem velho.

Tudo muda, exceto minha cara de eternos dezesseis anos!
Alguém se identifica?

quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Casar ou juntar as escovas de dente?

Quando digo que não quero casar, muitas pessoas me julgam como insensível, desapegada e nada romântica. O “casar” que eu digo é no sentido fútil da coisa. Não quero gastar uma fortuna em uma festa de aparências, com muitos convidados que não fazem parte do meu dia-a-dia, encher a cara de maquiagem, fazer o noivo fritar num terno, fazer
um juramento sob uma religião que não sigo. Não julgo quem casa, porque cada um tem uma opinião e uma experiência diferentes (acho até admirável, porque na verdade é um ato muito bonito). A minha não foi boa. Tanto é que entro em pânico quando me convidam para um casamento. Pode parecer bobagem e eu fico até com vergonha de me apavorar com uma coisa tão simples, mas acontece, fazer o quê?! Fico angustiada e ansiosa e na maioria das vezes em que me forço a ir, acabo indo embora logo no comecinho da festa, porque simplesmente não consigo segurar a tristeza. E chorar de tristeza no dia mais feliz de outras pessoas não é algo que eu considere adequado.
Então, vou casar, sim. No sentido real da coisa. Pelo menos, para mim, casar não é aquela cerimônia na data marcada. É compartilhar a vida, o dia a dia. É ter companhia para um cinema, para lavar a roupa e para ir ao médico. É chegar em casa e saber que tem para quem contar como foi o dia, sobre aquele restaurante ótimo que você descobriu ou ouvir sobre como o trânsito estava caótico. É ficar ansiosa para ver aquela pessoa, mesmo que você tenha acordado com ela e que convivam há séculos. É querer ser melhor para dar seu melhor ao outro. É dar colo, cuidar e receber em troca isso também. É passar por fases dificílimas, mas não desistir, por mais difícil que seja, porque o amor é mais forte. E o amor, por experiência própria, não é suficiente. Temos n fatores que formam um relacionamento. É claro que, se não existir amor, não dá certo. Mas também é preciso ter paciência, confiança, respeito, ter seu próprio espaço e saber dar este espaço ao outro. E sinceridade, muita sinceridade. Mentiras acabam com casamentos e quaisquer outros relacionamentos. E, no meu caso, é preciso também gostar de cachorros!
Para mim, casar é um estilo de vida, não um acontecimento. É a decisão de compartilhar a sua intimidade com outra pessoa que tem a mesma opinião. Por que não pegar aquela fortuna que citei no início e fazer a viagem dos sonhos? Quem melhor que o meu amor para acompanhar? Que tal usar para deixar o nosso canto com a nossa cara?
Resumindo: quer fazer cerimônia, faça. Quer viajar, viaje. Quer apenas dividir o apartamento, divida. Quer que cada um tenha o seu canto, tenha. O importante é ser feliz e haver acordo entre as duas pessoas, sem deixar que tradições, pressão ou influência externa sobreponham o que o casal realmente quer fazer.