quarta-feira, 22 de agosto de 2018

Sorria e acene


Sorria e acene. Quem nunca ouviu isso num filme?
Essa expressão aparentemente tão boba, é mais útil do que você imagina.


Vou falar de mim: quantas vezes sorrio e respondo um “estou bem, e você?”, quando na verdade, estou um caco? Aliás, aposto que você também faz isso.
Se eu for falar pra todo mundo toda vez que não me sinto bem (seja física ou emocionalmente), tenho medo de me tornar uma pessoa chata e negativa ao olhar dos outros.
Então o que eu faço? Sorrio e aceno! Quando me cumprimentam com um “oi, tudo bem?”, sei que na grande maioria dos casos, é só modo de falar, então respondo que sim, e ótimo, encerramos o assunto com sucesso.
Aliás, até pra mim eu digo que está tudo bem. É preciso ter muita força pra sentir a depressão querendo dominar de novo, e pensar “estou bem, não é nada, vai passar”. Repito isso tanto pra mim mesma, que tem vezes que me sinto melhor. Não dizem que uma mentira contada muitas vezes, acaba virando verdade? Então!
Mas a quem estou enganando? Fico reprimindo, ignorando... mas chega uma hora em que o copo transborda, e a crise é muito pior. Segurar acumula. E é aí que eu fico mais confusa: tenho que ter força, mas em algum momento, fraquejo, e parece que a queda é ainda maior. Então o que eu faço? Nada!
Exato, eu simplesmente continuo vivendo e convivendo com isso, lidando com a ansiedade, que muitas vezes vem fazer companhia, como se ter depressão já não fosse o suficiente... é que desgraça pouca é bobagem, né? (Estou cheia dos ditados clichês hoje, perdoa...).
Depressão, ansiedade e afins... tudo é uma questão de viver um dia de cada vez. Cada manhã que acordo bem, e consigo chegar ao fim do dia do mesmo jeito, pra mim é uma vitória! Pode parecer bobagem, mas quando me toco que “ei, já são quinze dias seguidos sem crise!”, me sinto o máximo!

Por isso, o que posso dizer pra você que se sente como eu, é: tenha força, sorria e acene!



quarta-feira, 25 de julho de 2018

Releva, respeita e fica de boas


Vocês já pararam pra pensar no que é realmente importante na vida? O dia a dia já é tão corrido e cheio de problemas e obstáculos por si só, que eu não vejo por que criar mais. Dar significado e importância (de modo pejorativo) maiores para coisas que são simples é um jeito tão raso de ver o mundo.

Há vezes em que está tudo tão cristalino, mas há quem faça questão de colocar uma nuvem escura no caminho. É uma troca de valores misturada com falta de empatia que cansa só de pensar.

Com o tempo, a gente vai aprendendo a ver as pessoas e situações de maneira mais clara. E há quem fique preso naquela visão turva de sempre. Entender as coisas sempre pelo lado ruim, esperar sempre as piores atitudes, sempre atacar, mesmo sem ser atacado, são coisas que cegam cada vez mais.

Vivemos entre pessoas, e pessoas são únicas. Então, se a sua visão é uma, tenha certeza de que a do outro é diferente. E é aí que mora o perigo: temos o péssimo hábito de tomar por única e absoluta verdade, a nossa verdade. Mas a verdade do outro não é a mesma. Então, se você faz x coisa, com x intenção, acha (acha não, tem certeza) que fulano fez com o mesmo objetivo. Mas não, você não está na cabeça dele. O ser humano é muito mais profundo e complexo do que o seu “achismo”. Então, releva. E se for importante pra você, pergunta, tenta entender.

Não perca oportunidades de se conectar com quem você gosta, não complique relações descomplicadas, não faça brotar um dilema onde claramente não há.
Essa vida aqui é curta, então a gente tem mais é que aproveitar para extrair o máximo de boas experiências.

É difícil sentir-se contrariado, eu sei. Mas ninguém cresce só com passadas de mão na cabeça. Tem que ser humilde e sábio pra entender que você não é e jamais será o dono de toda a verdade, e que as suas prioridades são diferentes das prioridades de outras pessoas.

Respeite, você não sabe o que passa por dentro do outro. E não tente enxergar dentro deste outro com a sua visão e os seus valores, assim você não estará fazendo nada mais do que julgá-lo. Leve em consideração a personalidade, as ideias e ideais dele, pergunte. Assim você conseguirá ver melhor. E se isso tudo não fizer a menor diferença na sua vida, novamente, releve! Respeite, deixe que tenha o próprio espaço, e continua seu caminho.

Seja leve e pratique o deboísmo. A vida e o coração agradecem!