quinta-feira, 2 de junho de 2016

Reflexões sobre os 28

E mais uma vez, chegando mais perto dos 30, venho falar de coisas que a gente vai descobrindo com o passar dos anos. Desta vez serei direta, vamos logo aos tópicos:

·       Não guardo mais raiva, rancor e derivados.
É claro que tem essa ou aquela pessoa que a gente não faz questão da existência. Mas ficar lembrando e remoendo as merdas que rolaram? Não, isso não faz mais parte de mim. O indivíduo pode ter sido um puta cabaço, mas nem ligo. Não esqueço no sentido literal da palavra, porque não sofro de amnésia, mas tampouco fico recordando. Com certeza se você tem um motivo para eu te odiar, mas quando te vejo, te comprimento com um sorriso acompanhado de uma palavra gentil, pode ter certeza, não é política da boa vizinha, é verdadeiro. De que vale perder tempo com coisas chatas que passaram? Eu quero mais é coisa boa na minha vida. E sou super adepta das segundas, terceiras e até várias outras chances, se sentir que no fundo vale a pena.

·         -Ser adulto não é bem como a gente pensava.
Vamos combinar que, devido à influência da televisão, mídia em geral e tals, quando crianças, imaginamos que a fase adulta seria basicamente assim: vou fazer o que eu quiser, na hora que eu quiser. Ou: vou usar um terno e andar com uma pasta. Ou ainda: vou adorar assistir aos telejornais, ler revistas sobre finanças e assuntos relacionados. Sei lá, quando criança a gente brisa muito mesmo.
E como é? Bom, é claro que hoje me interesso por assuntos mais “sérios”, mas continuo gostando de assistir aos meus desenhos animados, ler mangás, livros de literatura fantástica. Sou doida por camisetas de personagens e All Star. Sim, uso salto, mas acompanhado de saia xadrez e um suéter do Darth Vader. E é claro que, em teoria, posso fazer o que quiser, na hora em que quiser. Mas na prática, quem agora nos coloca limites são os empregos, boletos, saúde e outros “pais” do dia-a-dia (preferia quando eram meus pais mesmo quem me controlavam... porque nunca me proibiram de nada xD).

·         -Menos é mais.
Antigamente, quanto maior a galera, mais divertido o rolê. Hoje, quanto menos gente, melhor. A gente prioriza qualidade, não quantidade. É muito mais prazeroso jantar com um ou dois amigos, conversar sobre assuntos que temos em comum, experimentar uma bebida nova e desfrutar da intimidade que somente amizades de longa data podem oferecer – a gente pode falar desde o atual cenário econômico até o que é bom contra prisão de ventre, por exemplo -.

·         -Lar, doce lar.
Se antes a palavra da vez era sair para todos os lugares possíveis, hoje é desfrutar do meu cantinho. E com “meu cantinho” não quero dizer somente minha casa em si, mas sim as pessoas que nela habitam, inclusive eu mesma.
Ah, como é divertido chegar em casa em uma sexta-feira à noite, pedir uma pizza de frango com catupiry e comer um ou dois pedaços no sofá, sentada entre meus pais , assistindo a alguma comédia boba na televisão, intercalando com piadas que só a gente entende e com causos do dia de cada um. E depois, poder ir para o meu quarto, assistir tranquilamente a um episódio do seriado da vez, ou ler mais um capítulo daquele livro que estava parado. Tudo isso, claro, sempre acompanhada pela Pelota, pois uma família sem um animal de estimação não é uma família completa.

·         -Dar importância ao que realmente importa.
E o que realmente importa? Paz. Carinho. Empatia. Gratidão.
Estou aprendendo que há certas brigas que não precisamos comprar. Nada vale mais do que nossa tranquilidade.
E algo que vale muito é ter carinho pelo outro. Uma simples mensagem de bom dia, se vocês soubessem... quando vinda da pessoa certa, pode salvar o dia de alguém. Assim como solidarizar-se pelo outro. Mesmo que não possamos fazer nada na prática, entender, ouvir, dar uma palavra de força já são grandes coisas. Aliás, não é nada, é tudo!
Por último, tão importante como os outros: ser grato. Grato pelas coisas que temos, pelas pessoas ao nosso redor, pelo que somos capazes de fazer. Se antes o foco era sempre o lado negativo, hoje sei valorizar o que há de bom. Porquê, meus caros, acreditem neste clichê: há, sim um lado bom em tudo.


Agora, em poucos dias, que venham os 28, e logo os 29 e os 30. E que com eles eu continue descobrindo como a vida é simples. Pra que complicar? ;)